Pachá

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O Pachá é o meu gato!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A saúde

   Alergia em Gatos




Gatos podem sofrem de vários tipos de alergias. Um gato alérgico, geralmente possui mais de uma alergia. 15% de todos os gatos nos EUA sofrem de uma ou mais alergias.

As alergias dos gatos possuem causas semelhantes as causas de alergias humanas.

* Alergia respiratória

É causada por partículas em suspensão, como pólen, que irrita as vias aéreas e os pulmões.

Também podem ter como causa: fumaça, fumaça de cigarro, purificadores de ambiente em aerosol, perfumes.

Podem causar descamação, pústulas, ou áreas ulceradas na pele, associadas aos sintomas asmáticos.

O teste para alergia respiratória é feito com Teste Intradérmico.

Também se faz uso de biópsia, em casos mais difíceis.

O Tratamento se faz com antihistamínicos e os casos mais severos com corticosteróides, que pode ter efeitos colaterais.

*Alergias de contato

Se manifestam quando o gato tem contato prolongado com alguma susbstancia que não tolera. Como por exemplo:

Plantas, especialmente as de folhas oleosas, Limpa-tapete, madeira, poeira doméstica, jornal, carpetes, comedouros plásticos (acne felina), lã, alguns tecidos sintéticos, entre outros.

Sinais de contato com alérgeno: Dermatite, mudanças de pigmentação ou erupções na pele. Ocorrência mais comum no queixo, orelhas, dobras de pele, abdomen, sob as unhas, axilas e ao redor do ânus.

* Alergias à drogas e medicamentos


Alguns gatos reagem mal a certas drogas como antibióticos e anestesia.

Gato com alergia


Medicamentos que podem causar erupções de pele: penicilina, tetraciclina, neomicina, vacina para panleucopenia.

Cada droga causa sintomas diferentes, e os sintomas diferem de gato para gato. Não há como predizer como um gato reagirá.

Antihistamínicos ou corticosteróides são usados para eliminação dos sintomas de alergia, após a parada do uso da droga.

* Alergia à pulga

A mais comum. Conforme o gato envelhece, a sua sensibilidade à picada de pulga aumenta.




Gato com alergia a pulga

*Alergia à comida



Entre 5 e 10% das causas de alergias..

Assim como as alergias por contato, a alergia à comida se manifesta como dermatite e intensa coceira, mas em alguns casos pode ocorrer vômito e diarréia.

Também pode apresentar oleosidade excessiva na pele, inflamação de ouvido ou queda de pêlo.

Gatos tem alergia alimentar, não tanto com relação as substâncias químicas preservativas, mas aos grãos, carne e laticínios usados na sua fabricação.

A alergia à comida não aparece do dia para a noite. Pode levar de 1 a 10 anos de exposicão para ocorrer. Mais de 80% dos gatos com alergia alimentar ingeriu o alérgeno por mais de 2 anos.

Teste para alergia alimentar deve ser feito em gatos com qualquer sinal crônico de alergia, incluindo a Dermatite Miliar e Complexo Granuloma Eosinofílico. O teste é feito simplesmente oferecendo uma única fonte de proteína que o gato ainda não tenha comido antes. Já existem rações hipoalergênicas, a base de ovelha, coelho e outras carnes que não são normalmente utilizadas na fabricação de ração para gatos. Após 8 semanas já se pode dizer se o animal é ou não alérgico.


*Complexo Granuloma Eosinofílico








* Dermatite Miliar




É caracterizada por pequenas lesões descamativas, pruriginosas e agrupadas, geralmente ao redor do pescoço. Pode ocorrer por micose, alergia à pulga, alergia alimentar, leucemia felina, doenças imuno-mediadas, entre outras. A causa mais comum dessa dermatite é a alergia à pulgas.



 

* Dermatite Úmida




Ocorre quando uma área de tecido foi lesionada por prurido excessivo. Qualquer condição que cause prurido no animal, pode levar a uma dermatite úmida. Ela ocorre rapidamente e se expande para uma grande área de tecido. Pode ocorrer pioderma, que é a inflamação da pele.

As partes mais acometidas são os posteriores e os lados da cabeça.

Ela é muito dolorosa e requer tratamento imediato para evitar maiores complicações.






A Alimentação do Gato




atos são carnívoros. No seu ambiente selvagem, devoram a presa inteira, incluindo pele, orgãos internos e ossos e ervas que a presa tenha ingerido. Dessa forma ele obtém o balanceamento nutricional correto.



Estudos mostram que o gato domesticado possui necessidades alimentares especiais. A alimentação correta do seu gato, desde filhote, irá influenciar a saúde dele por toda a vida.



Os gatos não tendo uma boa alimentação, não poderão se desenvolver bem, nem terão a resistência necessária para evitar doenças e ao ambiente.



Alimente seus gatos sempre no mesmo horário e lugar. A hora da comida é um grande evento para o animal.



Qualquer mudança na alimentação, mesmo que seja só de marca de ração, deve ser feita de forma gradativa. Mudanças bruscas de alimentação podem causar diarréia.



Mantenha sempre a higiene dos comedouros e bebedouros. Use os mais pesados para que não virem com facilidade, coloque folhas de jornal por baixo dos pratos, para evitar que deslizem e também facilitar a tarefa de limpeza. Evite o uso de comedouros e bebedouros plásticos. Alguns gatos apresentam uma reação alérgica ao plástico, chamada Acne Felina.



Os gatos, como as pessoas, possuem gostos diferentes, alguns não aceitam alimentos que outros gatos adoram. Procure descobrir qual o alimento que seu gato mais aprecia.

As preferências alimentares dos gatos irá depender do odor do alimento, textura, hábitos alimentares e saúde do gato.

O ambiente também influencia o apetite do gato. Luz, barulho, presença ou ausência de pessoas ou animais, tipo de limpeza do comedouro e bebedouro, são fatores que afetam.



Não alimente seu gato em excesso. Alimentar bem não é a mesma coisa que alimentar demais, até que deixem sobras. Uma boa alimentação é formada por quantidade suficiente de alimentos, com todos os elementos nutricionais necessários ao bom funcionamento do organismo dos gatos.



Os gatos têm deficiência de algumas enzimas, o que os tornam incapazes de sintetizar determinados nutrientes no organismo. Eles têm que ser fornecidos pré-formados na dieta, como a Vitamina A, o Acido Aracdônico e Taurina.

Os gatos necessitam:




*boa quantidade de proteínas e gorduras (carnes, peixe, aves, vegetais, soja)



*hidratos de carbono, sais minerais, vitaminas



*água: No estado selvagem os gatos bebem pouca água. A carcaça das presas que come possuem 70% de água.

Já os gatos domésticos precisam de água fresca e sempre disponível, principalmente os que se alimentam de ração seca.



*grama: Ou verde. É um elemento importante na alimentação dos gatos. No ambiente selvagem, ingerem alimentos verdes junto com a presa. O verde contém vitaminas e ajuda no bom funcionamento do aparelho digestivo.



*Taurina: A Taurina é um produto final do metabolismo de 2 aminoácidos. Está envolvida na formação e funcionamento da retina e nos gatos também com a formação de sais biliares.

Sua deficiência resulta em degeneração da retina e cegueira. Essas alterações demoram longo tempo para ocorrer, cerca de 1 ano com uma dieta insuficiente em Taurina.

Diferente dos outros animais, os gatos não conseguem sintetizar a Taurina. Ela é encontrada em produtos de origem animal. As rações atualmente vêem com um bom suprimento de Taurina.



*Vitamina A: O gato é incapaz de converter beta-caroteno em vitamina A, por isso necessitam de fonte pré-formada da vitamina. A função mais conhecida da vit. A é com relação à visão, mas também é importante para o crescimento normal das celulas epiteliais, crescimento ósseo e dos dentes.

O excesso da vitamina A também causa doença, como doença óssea, gengivite e perda de dentes. Isso pode ocorrer por excesso de suplementação ou por ingestão excessiva de fígado.



Ração em lata



Têm a vantagem do sabor e umidade, mas é mais cara do que a seca, contribui para a formação de tártaro nos dentes, dá mau-hálito, fezes com mau cheiro, podem ocasionar gases e fezes moles. Se estragam com mais facilidade quando deixadas no prato, e os pratos devem ser lavados todos os dias.

Recomendada para animais que necessitam de reposição de líquidos, animais com inapetência.



Ração Seca



Os gatos alimentados com ração seca necessitam de mais água, têm menos tártaro nos dentes, é mais barata e deixa menos cheiro na boca e nas fezes. Os pratos permanecem limpos e a ração não estraga com facilidade e as fezes ficam firmes.



Leite



Muitos gatos têm intolerância à lactose e podem apresentar diarréia.



Ração para cães



Não é apropriado para gatos, já que possui ingredientes balanceados para cães e não para gatos. Cada espécie necessita de uma quantidade específica de nutrientes, para boa manutenção de seu organismo. Um gato alimentado com ração para cães por um longo período de tempo, poderá ficar seriamente doente.



Restos de comida



Podem até agradar seu gato, mas não contém os ingredientes necessários para uma boa nutrição.



Ossos



Não há problemas em dá-los ao seu gato, desde que sejam grandes e não soltem lascas, como os de boi. NUNCA dê ossos de galinha ou de porco, seus fragmentos podem grudar na boca, garganta ou estômago e perfurar o intestino do seu gato.



Carne



A carne não faz mal, mas não possui todos os ingredientes necessários para o seu gato.



Fígado



Diariamente e em grandes quantidades pode intoxicar seu gato por vitamina A e causar diarréia.



Suplementos vitamínicos e minerais



Se seu gato tem uma alimentação balançeado, como ração, não necessita de suplementos.



Peixe Cru



Alguns peixes crus podem causar deficiência de Tiamina. Os peixes crus possuem Tiaminase, que destróis a Tiamina Vit B1. O calor do cozimento, destrói a Tiaminase presente na carne do peixe.

Banhos




ormalmente não há necessidade de dar banho no seu gato. Os gatos são muito eficazes em se tratando da sua higiene pessoal, e para a maioria dos gatos, esse é o único método de limpeza que necessitam.

A língua dos gatos é semelhante a uma lixa, atuando como uma escova na limpeza do pelo.

Um gato sujo é sinal de que está doente, já que deixam de se limpar.







Algumas vezes se faz necessário dar banho, como em casos de:



- algum produto venenoso no seu pelo.



- não consegue se limpar sozinho, por algum motivo.



- gatos que participam de exposições.



- estar muito sujo, por algum motivo.







Método para dar banho no seu gato:



* Primeiro apronte tudo: água morna; bacia ou pia que irá usar; toalha de banho ou tapete de borracha no fundo da pia ou bacia, para que o gato possa se segurar nela com as unhas e se sentir mais seguro; sabonete próprio para gatos (sabonetes humanos ressecam demais a pele do gato); tolha bem felpuda para secá-lo e dependendo do gato, você poderá depois da toalha usar secador de cabelos, mas a maioria dos gatos não gosta do barulho e ficam muito nervosos.



Encha a bacia ou pia com água antes de colocar o gato dentro, para que ele não se assuste com o barulho da água.



Ter as unhas do gato aparadas antes do banho, melhora as suas chances de não ser arranhado.



Escovação do pêlo



A escovação do pelo do seu gato é muito importante, evita a formação de bolas de pêlo no estomago deles.

Comece a escovar o pêlo dele quando ele ainda for filhote, para que ele acostume.

Se o gato for de pêlo curto, não necessitam de tanto cuidado, mas também devem ser penteados e escovados, e depois umedeça um pedaço de tecido e passe pelo seu pêlo.

Os gatos de pêlo longo devem ser escovados de preferência 2 vezes ao dia, por cerca de 5 minutos. Use pente de metal com dentes largos e escova de cerdas duras, assim ele ficará fofo quando você terminar. Certifique-se que desembaraçou bem os pelos do seu gato, ou ele ficará com um emaranhado impossível de desfazer, só sendo cortado. Pentei o gato por inteiro, não se esquecendo do abdomen e áreas em baixo das pernas.

Existem pentes e escovas especiais para o seu gato, em lojas de animais.



Olhos e orelhas



A cera de ouvido pode ser removida com cotonetes, com cuidado. Isso deve ser feito 1 vez por mês.



No canto dos olhos, próximo ao nariz, ocorre uma formação dura, que pode ser retirada com cuidado com soro fisiológico levemente morno.

Castração




Porque castrar?



Uma gata que procrie livremente pode em apenas 2 anos deixar 200 (duzentos) descendentes.



Os gatos castrados são mais calmos e torna mais fácil manter o animal em casa. Evita o hábito de "spray" de urina para marcação de território, ferimentos por brigas, doenças contagiosas, etc.



A gata castrada fica menos nervosa e barulhenta, mais relaxada, brincalhona e afetiva.

A tendência para engordar pode ser controlada com alimentação correta e exercícios.

A fêmea não castrada faz marcação com urina pela casa, deixando um cheiro horrível. Tenta fugir, mia alto e incomoda os vizinhos.

A castração também irá aumentar a expectativa de vida dela, porque ela não terá problemas de saúde como tumores de mama e do aparelho reprodutivo, cistos ovarianos, infecções uterinas como piometra, que obrigará a uma cirurgia no final das contas, muito pior do que a castração, já que haverá um campo operatório contaminado por bactérias e com risco de septicemia.

Você também estaria aliviando-a de um sofrimento e uma angústia, já que o instinto de preservação e hormônios falam alto. Não que ela sinta desejo de ser mãe, como acontece com mulheres. Elas nem sabem o que é isso. É uma coisa instintiva e irracional, devido aos hormônios.

A castração é uma forma mais humana e saudável de manter uma fêmea, se você não deseja filhotes.







Quando castrar?



A Associação Americana de Médicos Veterinários recomenda desde 1993, que os gatos sejam castrados assim que os testículos descerem para a bolsa escrotal, ou seja, por volta dos 6 meses.

As fêmeas também podem ser castradas a partir de 7 meses de idade.

Anteriormente se pensava que a castração precoce predispunha o gato à Síndrome Urológica Felina (SUF). Mas estudos mostraram que não há diferença significativa no desenvolvimento do trato urinário, entre gatos castrados precocemente e tardiamente.





O que é a castração?



A castração no macho é realizada por uma cirurgia muito simples, com anestesia local. Um bom veterinário é capaz de realizá-la rapidamente e sem riscos para o seu animal. Converse com ele e fale sobre seu medo de um choque anafilático. Como a anestesia é local, não há grandes problemas.

A cirurgia pode ser uma orquiectomia (retirada dos testículos) - a mais comum - ou vasectomia.





Não há inconveniente em castrar uma fêmea antes que ela tenha tido crias.

A cirurgia atualmente envolve pouquíssimos riscos, se feita por um bom profissional. Eu só há vantagens em fazê-lo.

A castração da fêmea é chamada esterectomia (retirada dos ovários), ou pan-esterectomia (retirada de útero e ovários).

A recuperação se dá em torno de 1 semana.



Cio da gata



As gatas entram no cio quase todo mês.

Elas costumam ter 3 estações de cio por ano.

Cada estação de cio tem 2 a 3 cios, com 7 a 10 dias de duração cada um, e intervalo de 10 a 15 dias entre eles.

Em certos momentos pode parecer que ela está o tempo todo no cio.



Castração, obesidade e Síndrome Urológica Felina



A obesidade está mais relacionada com a preguiça e alimentação excessiva, peculiar a cada animal, do que à castração em si.

A SUF ( Síndrome Urológica Felina) atinge cerca de 1% dos gatos, machos e fêmeas. Mas acomete mais os machos, devido a uretra mais longa.

A idade de maior ocorrência é entre os 2 a 6 anos em média.

As causas ainda são muito discutidas, entre elas: gatos obesos, com pouca atividade, alimentação muito seca e com alto teor de magnésio; alimentação com muita proteína; causas congênitas de mal fomação da bexiga e/ou uretra; obstrução, inflamação da uretra; mal funcionamento ou inflamação da bexiga; traumas; problemas neurológicos que afetem o ato de urinar. Enfim, tudo o que possa favorecer a formação de cristais e cálculos e retenção da urina.

Isso pode ser evitado com muita água fresca à disposição, rações que não contenham alto teor de magnésio e acidificantes, evitar alimentação com excesso de proteínas, estimular o animal a brincar, não alimentar em excesso.





Uso de hormônios



Não é recomendável a administração de hormônios para evitar que o macho queira namorar. Nenhum hormônio é inócuo. Se você se preocupada com o desenvolvimento do seu gato, caso ele seja castrado cedo, preocupe-se muito mais em administrar hormônio feminino num animal macho em fase de crescimento, é muito mais danoso.



O uso de anticoncepcionais nas fêmeas também é danoso para o organismo, predispondo a uma série de doenças, como tumores, câncer e infecções uterinas graves.







Gatas que continuam apresentando cio após a castração



Se apenas o útero foi retirado ela continuará a entrar no cio porque os ovários ainda estarão lá, produzindo hormônios.



Se um dos ovários ou parte deles foi deixado durante a cirurgia a gata continuará a apresentar cio regularmente.

Câncer




âncer é uma divisão e crescimento desordenado de células. Ele faz com que as células, ao invés de se dividirem de forma normal e controlada, se dividam em tamanhos diferentes e com funções diferentes das originais. Algumas células cancerosas produzem hormônios, outras nunca param de se dividir.

Esse crescimento desordenado de células, forma o tumor e o espalha pelo corpo. (metástase).



O câncer se classifica em duas categorias básicas: O Sarcoma e o Carcinoma.



O Sarcoma é derivado de tecidos estruturais, como ossos, músculos e tecido conectivo. Ex: O osteosarcoma é um tumor ósseo.



O carcinoma é um câncer que não se deriva de células dos tecidos estruturais, mas sim de células da pele, sangue e tecido glandular. Ex: O câncer de pele.



O câncer se espalha pelo corpo através de um processo denominado metástase. As células cancerosas se desprendem do tumor, caindo na corrente sanguínea ou linfa, viajando pelo corpo, indo se localizar e crescer em outros órgãos.

Lugares comuns de metástase são: Linfonodos, baço, fígado, rins e pulmões, porque são órgãos que filtram o sangue.



Quanto mais adiantado o estágio de crescimento do tumor, mais chances de metástase e pior o prognóstico.



O tratamento para o câncer, dependendo de cada caso, pode ser feito através de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.



Uma pesquisa feita pelo Morris Animal Foudation, nos EUA, relata que o câncer é a maior causa de morte de animais domésticos nos Estados Unidos. 32% das causas não acidentais de morte nos gatos é devido ao câncer.



O aparecimento de vacinas, novas drogas, diagnósticos mais precisos com o uso de tecnologia e alimentação mais saudável, fez a expectativa de vida dos animais aumentar e doenças que não chegavam a se desenvolver, agora aparecem nos animais mais idosos, como o câncer e diabetes, entre outras.



A American Veterinary Medical Association listou as variedades de câncer mais comum de ocorrer nos animais:



- Tumores abdominais: Atingem órgãos do abdomen. Comuns mas difíceis de diagnosticar em fase inicial. Os primeiros sinais são aumento do abdomen e perda de peso.



- Tumores ósseos: Raro em gatos.



- Tumores cerebrais.



- Tumores mamários: Fêmeas idosas, tendem a crescer e se espalhar rapidamente pelo corpo. 85% desses tipos de tumores são malignos. A castração precoce da fêmea reduz o risco de ocorrência.



- Tumores da cabeça, pescoço, nariz e boca: Massas nas gengivas, com sangramentos, mau cheiro, dificuldade de comer, são sinais de alarme.



Linfossarcoma: câncer no sistema linfático que costuma ocorrer em animais de meia idade. Em gatos por volta dos 8 anos.


- Tumores de pele: incidência maior em animais idosos e animais brancos. Eles dão metástase nos linfonodos e pulmões.

- Melanomas: Câncer de pele, usualmente são tumores solitário, pigmentados de negro e podem ser malignos ou benignos. A maior parte dos cânceres de pele nos gatos é maligno.

- Osteossarcomas: Câncer dos ossos que sofrem metástase rápida.

- Tumor de testículos: raro em gatos.

Nos gatos brancos, que se expõe muito ao sol, um câncer muito comum é o Carcinoma de orelha. Ele ocorre em locais onde a pele fica mais expostas, como nas pontas das orelhas, nariz e pálbebras. Ele é um câncer maligno e se espalhará pelo organismo se não for retirado e tratado.




 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando ocorre na ponta da orelha, o melhor tratamento é retirar, através de cirurgia, a maior porção dela que for possível.


Em casos em que o tumor não pode ser retirado devido a sua localização ou outro tipo de problema, o melhor tratamento é por radioterapia.

Deve-se fazer também um Rx dos pulmões, para ver se já ocorreu metástase.

Dentes


Dentição dos Gatos

Os dentes de leite começam a nascer por volta de 2 semanas de idade. Com 30 dias todos eles já irromperam, com exceção do primeiro pré-molar superior, que irrompe com 45 dias de idade.

Os dentes permanentes começam a irromper por volta dos 5 meses de idade. Quando começa a troca do primeiro dente, surge o primeiro pré-molar superior.

A dentição é uma boa forma de calcularmos a idade de um filhote, quando não sabemos a data do seu nascimento.

Placa Bacteriana

A acúmulo de restos de alimento nos dentes acarreta na formação de placa bacteriana. Esta causa periodontite e até perda do dente.

O acúmulo geralmente começa na parte externa dos dentes superiores.

Gengivas com linhas vermelhas, contornando os dentes, é sinal de irritação por placa bacteriana.

Alguns gatos são mais propensos a apresentar a placa, outros nunca necessitam limpar os dentes em intervalos regulares.

A limpeza dos dentes pelo veterinário deve ser feita uma vez ao ano. Devido ao custo e risco da anestesia, é uma boa idéia cuidar bem dos dentes de seu animal, para que diminua a formação da placa.

Se seu gato tem mais de 5 anos de idade, veja se seu veterinário pode usar um sedativo mais leve, ao invés de anestesia, ou mesmo uma anestesia inalatória, que é mais segura.

Como escovar os dentes do meu gato?

Não será tarefa fácil, é provável que você necessite da ajuda de outra pessoa. Mas vale a pena. Procure contê-lo usando um colar, feito com uma toalha de rosto enrolada.


Escove os dentes de seu gato 1 vez por semana.

Utilize escova de dente de cabeça bem pequena e pasta de dente especial para ele, vendida em lojas de animais.

Cáries

Geralmente ocorrem no colo do dente, junto à gengiva.

Animais com cáries, não se alimentam direito, ficam debilitados e podem ter infecção sistêmica por formação de abcessos.

A infecção do dente, pode passar para as cavidades nasais e de lá atinge os pulmões. Isso custará ao seu gato uma infecção difícil de tratar e uma antibioticoterapia de longo prazo.

Mau-Hálito

Existem várias causas de mau-hálito:

*Dentição: A troca de dentes começa por volta dos 6 meses de idade, as vezes isso causa mau-hálito, devido à inflamação da gengiva.

*Gengivites: As gengivas ficam vermelhas e inchadas. Leve seu gato ao veterinário.

* Alimentação: Alimentos úmidos e macios tendem a formar mais placa bacteriana, enquanto a ração seca não.

Algumas rações possuem um odor muito forte, o que ocasiona o mau-hálito. A mudança da dieta geralmente resolve nesses casos.

* Abcessos: Os único sintoma pode ser mau-hálito. O veterinário precisa drenar o abcesso e remover o dente. Se isso não for feito, a infecção passa para as cavidades nasais, a face do gato incha e a infecção pode ir para os pulmões.

Diabetes


iabetes mellitus não é tão comum em gatos, quanto em humanos. Ocorre principalmente em gatos de meia idade ou idade avançada e obesos, mas qualquer gato que apresente sintomas de fome excessiva, perda progressiva de peso, sede e urina em excesso, deve ser checado para diabetes.

A doença ocorre devido a incapacidade das células do pâncreas em secretar insulina o suficiente.

A insulina é necessária, para que as células do corpo retirem a glicose da corrente sanguínea e a metaboliza em energia. Portanto, nos diabéticos, o açúcar do sangue permanece alto. O limite normal está em torno de100mg.

Com o tempo, a diabetes não controlada causará diversos problemas no gato.

Os principais sinais no gato são: fome excessiva e por mais que coma continua a emagrecer, porque não consegue absorver nutrientes.

Além da perda de peso, outro sinal é o aumento da sede e urina.

O diagnóstico da diabetes é feito pela dosagem de glicose no sangue e na urina.

A diabetes só é fatal se não for tratada.

Um pequeno número de gatos pode ser tratado apenas com dieta e medicação oral, mas a maioria necessita de injeções de insulina. Existe no mercado rações especiais para animais diabéticos.

A administração de insulina não é tão ruim quanto parece. A agulha é muito fina e a maioria não reage.

A dose de insulina depende de cada caso, e no início do tratamento, o veterinário irá determinar a dose que seu gato precisa.

Ele terá que ser internado, para que o veterinário possa aos poucos determinar qual a taxa de insulina diária que ele necessita. A internação se faz necessária, porque um dose alta de insulina causa hipoglicemia, que pode matar o animal se não tratada rapidamente.

Cada animal tem a sua dosagem própria e esta precisa ser determinada através da administração da insulina, com testes de sangue e urina para medir a quantidade de glicose. Assim, a dose diária de insulina que ele necessitará será determinada.

O início do tratamento com insulina deve ser cauteloso. Alguns gatos podem apresentar choque insulínico com apenas 1 unidade de dose, mesmo estando com a glicemia alta. Por isso a internação se faz necessária até a dose ser acertada.

Normalmente se começa com 1 unidade de insulina até chegar na dose correta.

Mesmo após a determinação da dose de insulina, você terá que ter sempre em casa glicose, como Karo, para que ao primeiro sinal de hipoglicemia você passe nas gengivas dele, para depois levá-lo ao veterinário. Com o tempo você vai se habituar e conhecer bem a doença e como ela se manifesta no seu gato.

Uma boa avaliação para se fazer em casa é com aquelas fitas que se compra em farmácia, para teste de glicose na urina. Quando chega a aparecer glicose na urina, é porque a taxa de glicose no sangue já está bem acima do normal.

Se seu gato foi diagnosticado com diabetes leve em conta que: Sem tratamento adequado ele morrerá; ele não sentirá as injeções de insulina; insulina é barata.

Se você e o veterinário trabalharem em parceria, seu gato viverá por muitos anos.

O diabetes é mais comum em gatos com hipertiroidismo.

O simples tratamento para hipertiroidismo, não ajuda a tratar a melhorar a diabetes e pode mesmo piorá-la. O ideal é tratar para as duas doenças.

O Tratamento para hipertiroidismo em gatos também é delicado, discuta com seu veterinário qual seria a melhor forma de fazê-lo.

A diabetes pode causar neuropatia e fraqueza dos membros posteriores, assim como problemas circulatórios como embolias, que ocorrem quando o hipertiroidismo causa cardiomiopatia e pressão alta. Algumas vezes os problemas circulatórios ocorrem como conseqüência direta da diabetes.

A Neuropatia Diabética é decorrente de diabetes não controlada. Causa fraqueza nos membros posteriores, mas o gato consegue andar. Freqüentemente, essa fraqueza faz com que os gatos não andem mais na ponta dos pés e toquem parte do membro posterior no chão. Ele pode voltar a andar normalmente com o uso de insulina.

Diarréia


Diarréia não é uma doença em si, ela é uma conseqüência de alguma coisa que fez mal ao organismo e causou um "desequilíbrio" no trato gastrointestinal.

Ela é uma defesa do organismo, que tenta expulsar algo que está agredindo a mucosa intestinal, sejam vermes, bactérias, vírus, protozoários ou mesmo uma alimentação que não foi bem aceita pelo organismo. Por isso é importante combater a causa também.

Se seu gato apresenta diarréia persistente ou estiver apático, recusar comer ou beber, leve-o rapidamente ao veterinário. A desidratação pode matar o filhote em poucas horas.

Leve uma amostra das fezes para que possa ser pesquisada a presença de parasitas.

Normalmente a diarréia dura poucos dias, e se não apresenta outros sintomas, como febre, ela não tem causa mais séria.

O importante é manter o gato bem hidratado. Os sinais de hidratação são: olhos brilhantes, saliva normal, presença de urina e pele solta e flexível na nuca.

Dieta para animais com diarréia persistente:

*arroz cozido

*yogurte natural

*frango cozido

*Caldo de galinha

Não use tempero. A alimentação leve e úmida previne contra a desidratação.

Possíveis causas de diarréia

(Colin F. Burrows. 1991. Diarrhea in kittens and young catsi. pp.

415-418 IN J.R. August. Consultations in Feline Internal Medicine. WB

Saunders Co., Philadelphia.)

1)Causas de diarréia aguda:

A)Infecções

A1)Virais

o Panleucopenia

o Leucemia Felina

o Coronavirose

o Rotavirus

o Astrovirus

A2) Bacterias

o Salmonella

o Campylobacter

o Escherischia coli

A3)Parasitas

o Vermes

o Coccidia

o Giardia

o Toxoplasma

Alguns parasitas são muito difíceis de serem detectados nas fezes, depende do ciclo (pode não estar na fase de postura de ovos).

Giardia, Coccidia e Toxoplasma, também são muito difíceis de serem vistos nas fezes,o fato do exame dar negativo não quer dizer que não estão lá.

Esses parasitas agridem a mucosa intestinal, causando a diarréia.

Fazer exames de fezes seriados para protozoários (giardia, ameba, cociidia, etc) , vermes. Infelizmente, esses microorganismos são muito difíceis de serem vistos nas fezes.

B) Mudanças bruscas de alimentação

Toda vez que você for mudar a alimentação ou marca de ração, não faça de uma forma brusca, isso pode causar diarréia. Mude aos pouquinhos, colocando quantidades inicialmente pequenas da nova ração, misturada com a alimentação antiga. Vá aumentando gradativamente, até que fique só a nova alimentação. A Flora intestinal necessitada de tempo para se adaptar à nova comida.

C) Ingestão de lixo

D) Induzida por drogas: Acetominofen (Tylenol), Antibióticos.

As causas mais comuns de diarréia aguda são infecções virais e mudanças bruscas na alimentação.

2)Causas de diarréias crônica

A) Virus e Bacteriais: FIV, FeLeuk, Salmonella, Campylobacter, Clostridium.

B) Parasitas

C) Dieta

D) Vários: Problemas inflamatórios no intestino, medicamentos, uso errado de antibiótico, desequilibrio da flora intestinal, obstrução parcial do intestino, causa desconhecida.

Doenças Hepáticas

Existem 4 doenças de fígado mais comuns nos gatos:

Hepatite Tóxica: Pode ser causada por qualquer substância tóxica ou toxinas bacterianas.

Muitas vezes não conseguimos identificar a causa de uma hepatite tóxica no gato. Eles ficam deprimidos, apresentam vômito, podem ter ou não icterícia, perdem o apetite. descartada a hipótese de lipidose a partir de exames de laboratório, faz-se um tratamento de suporte com antibiótico e nutrição adequada e na maioria das vezes o gato se recupera bem. Pode levar de 1 a 2 semanas para as enzimas hepáticas baixarem seu nível no sangue, por isso pode ocorrer do gato apresentar melhora significativa mas os valores laboratoriais permanecerem altos por alguns dias.

Lipidose Hepática: acontece quando o gato pára de comer, por qualquer razão. É a mais comum de todas. (Ver artigo na página de Saúde)

Colangiohepatite: Inflamação dos ductos biliares e do fígado.

Câncer: vários tipos de câncer que afetam os gatos têm a tendência de dar metástase no fígado.

Doenças Infecciosas


VÍRUS


-Panleucopenia (Parvovirus)

-Rinotraqueíte (Herpesvirus felino1-FHV1)

-Raiva (Rabies virus)

-Calicivirose (Calicivirus felino)

-Peritonite Infecciosa Felina -FIP(Corona virus)

-Leucemia Felina (Virus da Leucemia Felina-FeLV)

-Feline AIDS- FIV(Virus da Imunodeficiência Felina)

-Doenças Respiratórias

- Enterite Viral

BACTÉRIAS

-Enterites Bacterianas

-Salmonella e Campilobacter

-Abcessos (bactérias anaeróbicas e aeróbicas)

CLAMÍDIA

-Conjuntivite (Chlamydia psittaci felis)

RICKETTSIA

-Hemobartonelose (Haemobartonella felis)

FUNGOS

-Histoplasmose (Histoplasma capsulatum)

-Criptococose (Cryptococcus neoformans)

-Dermatofitose (Microsporum canis)

-Esporotricose (Sporothrix schenckii)

Estenose Traqueal


Estenose traqueal é um estreitamento da luz da traquéia, obstruindo parcialmente a passagem do ar para os brônquios.

Causa irritação constante, tosse, inflamação, dificuldade respiratória e às vezes, a mudanças nos pulmões e vias aéreas.

A doença tem uma prevalência maior em animais de pequeno porte, principalmente cães, é bem menos freqüente em gatos.

A traquéia é a estrutura que leva o ar da laringe até os brônquios. Assemelha-se a uma mangueira de aspirador de pó – anéis rígidos interligados por um tecido flexível.

O estreitamento pode ter como causa fatores congênitos (fraqueza anormal nos anéis da traquéia), trauma, necrose, edema, pressão externa devido a tumor ou abcesso, desenvolvimento abaixo do normal.

Quando o animal apresenta os anéis cartilaginosos da traquéia mais fracos do que o normal, a passagem de ar não consegue ficar totalmente aberta durante a respiração, devido a pressão negativa do ar, que faz com que a porção mais fraca seja sugada, obstruindo a passagem de ar. Isso acontece durante a inspiração, se a porção afetada da traquéia se encontra na região cervical e na expiração, se a porção estiver dentro da cavidade torácica.

A estenose tem como sinais clínicos: tosse forte, dificuldade respiratória, cansaço mesmo com pouco esforço, em casos graves pneumonia e bronquite.

Nem todos os animais manifestam os mesmos sintomas, indicando assim que vários fatores contribuem para a gravidade e diferentes graus de sinais clínicos. Esses fatores são: Obesidade, substâncias irritantes, alergias respiratórias, problemas cardíacos, bactérias, vírus, fumaça de cigarro, poeira, alérgenos respiratórios, estados de excitação nervosa, clima seco no inverno e muito quente no verão.

O animal que sofre de estenose, deve ser avaliado pelo menos duas vezes ao ano, para que esses fatores que influem negativamente no problema possam ser descobertos antes que causem um dano maior.

O diagnóstico pode ser feito através de exame físico, Rx, ultrasom ou endoscopia.

Não é uma doença fatal, mas controlável. Na literatura existem muito mais referências a animais que sobreviveram vários anos com estenose, do que óbitos em emergências devido ao mesmo problema.

O tratamento é feito através de medicamentos ou cirurgia. A cirurgia só é utilizada em último caso, se todos os tratamentos não derem resultado. A cirurgia tem maior chance de sucesso nos casos de estenose na região cervical.

O tratamento fundamental é o controle da tosse, para que a irritação diminua e conseqüentemente também a inflamação. Se a tosse, irritação e inflamação diminuem, a respiração melhora.

São utilizados broncodilatadores, corticosteróides em dias alternados para diminuir a inflamação, inibidores da tosse e suplemento de ácidos graxos pela ação anti inflamatória.

O antibiótico é utilizado para o controle de infecções secundárias, caso a tosse piore por mais de dois dias.

Drogas indicadas:

- Broncodilatadores: Teofilina, Terbutalina (antihistamínico), Aminofilina, Efedrina.

- Corticosteróide: Predinisona (em dias alternados)

- Antitussígenos (inibidores da tosse): Dextrometorfano, Clobutinol.

Giardíase


Giardia pode ser difícil de ser encontrada no exame de fezes, mesmo estando presente no intestino do gato.

É importante causa de diarréia persistente. As fezes são moles e mal cheirosas.

É comum ocorrer problemas de resistência a medicamentos, tornando o tratamento mais difícil.

A Giardia tem um estágio em que é excretada nas fezes. Esses cistos podem sobreviver por vários meses, se não forem expostos à luz solar. Em casos de locais contaminados, a melhor forma de desinfecção sem causar problemas de intoxicação nos gatos, é por vapor.

A forma de infecção é por via oral, através de água e alimentos contaminados.

O gato pode ser portador são. Em casos de doenças que causam queda da imunidade, como Leucemia e FIV, ou stress, a Giardia passa a causar doença.

Hemobartonelose


Hemobartonelose (haemobartonellosis, anemia infecciosa felina) é causada por uma ricketsia: Haemobartonella felis. É um parasita microscópico que invade as células vermelhas do sangue, causando sua destruição.

Ele nem sempre produz doença, podendo o gato ser portador assintomático.

Quando produz doença, se acopla a parede das hemácias de forma cíclica.

A anemia que causa é regenerativa, porque não causa dano à medula óssea, o que deve ser levado em conta na hora do diagnóstico.

Em muitos gatos a hemobartonelose ocorre após stress.

O hematozoário é transmitido pela picada do carrapato ou pulga. Outros modos de transmissão são via placentária, da mãe para os filhotes, por mordidas e transfusão de sangue.

São hematozoários felinos: Hemobartonella, Cytauxzoonosis, Erlichia.

Fases da Doenças:

.Fase aguda: Esplenomegalia (aumento do baço)

.Fase cronica: febre; hematuria (sangue na urina); mucosas descoradas pela anemia profunda; epistaxe (perda de sangue pelo nariz); perda de peso; redução do apetite; petéquias (pequenas hemorragias subcutaneas); podendo ocorrer hemorragia gastrintestinal (devido ao rompimento de pequenos vasos) e icterícia; histórico de infestação por carrapatos, pulgas.

Cerca de 1/3 dos gatos não tratados morrem da infecção.

Os animais se tornam portadores para o resto da vida, mesmo se recuperando da doença. Em casos de comprometimento do sistema imunológico, por causa viral, stress ou administração de corticosteróide, a doença retorna.

Achados do hemograma:

*Trombocitopenia = Queda do número de plaquetas, o que leva a hemorragias.

*Alterações leucocitárias =

leucopenia (queda de leucócitos),

neutropenia (queda de neutrofilos),

linfocitose (aumento de linfocito),

monocitose(aumento de monocitos).

Pode ocorrer leucocitose (aumento de leucocitos), mas é menos frequente.

Esfregaço de sangue periferico: visualização dos parasitos. Mas é difícil, necessita ser repetido varias vezes.

Tratamento por oxitetraciclina por 3 semanas e antianêmico.

Existe uma alta incidência de hemobartonela em gatos portadores de Leucemia Infecciosa. Mas a doença pode ocorrer independentemente. De qualquer forma, quando ocorre uma anemia severa que não responde ao tratamento para Hemobartonelose, deve-se fazer teste para Leucemia.

Deve-se fazer um controle efetivo de pulgas, já que a doença é transmitida de um gato para outra, através da picada de pulgas.

Não há casos relatados de Hemobartonela em humanos.

Hipertiroidismo


Com os avanços na área de nutrição e medicina veterinária, os gatos estão chegando à idades mais avançadas.Com a idade vêem doenças com as quais não estamos familiarizados, já que os gatos morriam antes de adquiri-las. Uma dessas doenças é o hipertiroidismo

A tireóide é uma glandula que controla a velocidade do metabolismo do corpo. Produz os hormônios T3 e T4, que circulam pelo organismo influenciando vários orgãos.

O hiperitoidismo ocorre quando a glandula produz hormonios demais. Ocorre em gatos em média, com mais de 8 anos de idade. Gatos que sofrem desta doença estão sempre famintos mas magros. Uma das sérias consequências do hipertiroidismo, é a cardiomiopatia hipertrófica, que é um aumento muscular da parede do coração. O coração bate mais rápido, acima de 240 BPM. Pode ocorrer murmúrio e 10% dos gatos sofrem colapso cardíaco.

Outros sinais de hipertiroidismo são: sede aumentada, aumento de urina, vômitos, diarréia, mudanças comportamentais, aumento da vocalização, diarréia por qualquer leve mudança alimentar. Nem todos os gatos exibiram todos esses sintomas, mas a doença deve ser considerada em caso de animais com mais de 8 anos de idade, fome excessiva e perda de peso.

O diagnóstico é feito através de exame de sangue, para verificação da taxa de T3 e T4 presentes.

Em alguns gatos, principalmente os muito idosos, a taxa de hormônio T3 e T4 parecerá normal, mesmo que ele sofra de hipertiroidismo. Portanto é necessário se repetir o teste, uma semana depois para confirmar o negativo.

Como outras doenças possuem sinais semelhantes, como Diabetes e Insuficiência Renal, é importante fazer exames de glicemia e função renal também.

Converse com seu veterinário sobre o melhor tipo de tratamento para seu animal. Existem 3 tratamentos: Tratamento hormonal (difícil de se ajustar em gatos, pode causar anemia e queda no número de plaquetas), retirada da Tireoide e Irradiação.

Nos gatos idosos é uma doença tão comum, que alguns veterinário já fazem o exame de sangue para medição de T3 e T4, como rotina em animais mais velhos.Por ser uma doenças que acarreta sérias complicações cardíacas e digestivas, o diagnóstico precoce é a melhor solução.

Se seu gato tem mais de 8 anos, peça ao seu veterinário que realize exames anuais para hipertiroidismo.

Intoxicação e Envenenamento por Agentes Químicos


Os casos de intoxicação por agentes químicos em pequenos animais têm grande freqüência, principalmente em clínicas que se localizam nos grandes centros urbanos. Isso se deve, provavelmente, ao fato de que um grande número de pessoas vive atualmente em apartamentos e possuem animais. Esses animais são expostos e correm risco de intoxicação por produtos de limpeza e inseticidas

Uma simples reforma ou pintura num apartamento ou até mesmo uma faxina com produtos mais fortes, pode causar sérios danos ao animal. Principalmente gatos, que são mais sensíveis.

Dentre os casos de intoxicação, os quadros de envenenamento também ocorrem com grande freqüência, principalmente em gatos que são criados livremente, tendo acesso à comida em outros locais, sendo assim facilmente envenenados por pessoas que desejam se livrar da presença do animal.

O veneno mais utilizado é o Chumbinho Terrível ou Japonês.

Por ser ocorrência comum em clínica de pequenos animais, é importante esclarecer o proprietário a respeito do perigo das intoxicações, o que poderia ser feito já na primeira vez que o animal é levado ao veterinário, normalmente para a primeira vacinação.

Medicamentos, produtos de limpeza e venenos devem ser mantidos fora do alcance das crianças assim como dos animais. E também evitar o uso de produtos de limpeza muito fortes que só pelo cheiro já intoxicam o animal, recomendando os produtos que podem ser usados com mais segurança.

A falta de informações precisas do proprietário, quanto a possível exposição a um produto tóxico, dificulta o trabalho do veterinário, pois só com a determinação do agente tóxico é possível fazer um tratamento correto.

Muitas vezes o proprietário do animal não cita determinado produto, por achá-lo inofensivo (e não é) ou mesmo o esquece.

Por isso é importante informar o máximo ao veterinário sobre: onde vive o animal; onde o animal fica a maior parte do dia; quem cuida do animal e está mais tempo com ele (muitas vezes não é essa a pessoa que leva o animal ao veterinário, mas é quem pode dar informações mais precisas, sobre as modificações que ocorreram com o animal e desde quando elas vem ocorrendo); se o local onde vive passou por reformas, pinturas; se o animal costuma mexer no lixo; quem faz a limpeza da casa, que produtos de limpeza utiliza; se faz uso de inseticidas e quais; se o local sofreu dedetização e que tipo, que firma a realizou; e qualquer outra informação que venha a colaborar no diagnóstico.

Com um histórico bem feito, uma boa anamnese, um atendimento rápido e com o conhecimento dos principais produtos tóxicos e seus respectivos antídotos, é possível salvar o animal. A falta de informações precisas e o tempo são os principais fatores que dificultam o trabalho levando à fatalidade dos casos.

Chumbinho

Apesar de ser um veneno ilegal de venda proibida, o chumbinho ainda é um grande e fatal agente causador de envenenamento em clínica de pequenos animais. Isso se deve ao fato de sua venda ser realizada facilmente em qualquer lugar, até mesmo na rua por camelôs. A falta de esclarecimento à população faz com que seu uso seja feito em larga escala com vários propósitos, não só como rodenticida mas também para cães, gatos e pessoas. Acidentes também são freqüentes, principalmente com crianças.

Sua fórmula não é bem conhecida, mas contém Carbamato, um potente inibidor da acetilcolinesterase.

Carbamatos usados no controle de insetos e parasitas:

Talco Bulldog = Carbaril (1-naftil N-metil Carbamato)

Chumbinho Japonês, Bolfo, Tratto = Propoxur

Baygon = 2 Isopropoxifemil N-metil Carbamato

Os principais sintomas de envenenamento por chumbinho são:

Salivação excessiva, lacrimejamento, secreção nasal, aumento dos sons respiratórios por broncoconstricção, dificuldade respiratória, edema pulmonar, diarréia, diminuição dos batimentos cardíacos, constricção da pupila, tosse, vômito, micção freqüente, incoordenação motora. Depois aparecem tremores musculares, espasmos, hiperatividade. Nem todos os animais apresentam os mesmos sintomas. A morte se dá por insuficiência respiratória e asfixia (Paralisia dos músculos respiratórios).

O tratamento para os casos de intoxicação por chumbinho, tem bons resultados se feito logo após o início dos sintomas. É usado Sulfato de Atropina, oxigênio e soroterapia.

Lipidose Hepática


A lipidose hepática é uma infiltração de gordura nas células hepáticas. Quando é grave, pode causar sérios problemas no gato, incluindo a morte.

A doença ocorre quando, por alguma razão, o gato pára de comer. O organismo dele então começa a fazer uso da gordura armazenada no corpo, como fonte de energia. Como o gato não consegue utilizar corretamente essa via, ocorre a infiltração de gordura no fígado e suas células não conseguem mais realizar suas funções..

Ocorre mais em gatos obesos, porque eles metabolizam a gordura do corpo mais radidamente do que os gatos magros.

O tratamento mais eficaz é assegurar que o gato se alimente, para que o seu organismo deixe de metabolizar a gordura. Muitas vezes se faz necessário que se forçe o gato a se alimentar.

A causa de lipidose hepática na maioria dos gatos é por não se alimentar, não importa por qual motivo. Em alguns gatos, 3 dias sem comer já são suficientes para a doença se intalar. Em outros gatos, a fome por períodos prolongados não chega a desenvolver a lipidose. Gatos acima do peso tem mais tendência a desenvolvê-la.

Um dos sinais da lipidose, é a icterícia, onde a pele e a parte branca dos olhos do gato se apresentam amarelos, devido ao pigmento biliar. Além disso eles ficam letárgicos, apresentam vômito, perda de peso e recusam comer. Exames de sangue são necessários para fechar o diagnóstico.

É muito importante observar se seu gato está se alimentando corretamente, principalmente quando ocorre alguma mudança no seu ambiente ou estilo de vida, que causem stress. Se seu gato parar de comer por muitos dias, fale logo com seu veterinário.

Medicamentos que Não Devem Ser Dados aos Gatos


Medicamentos que NUNCA devem ser dados

* Acetominofen (Tylenol):

Apenas 1 comprimido já pode ser fatal para um gato adulto. Causa anemia hemolítica, formação de metahemoglobina (não transporta oxigenio), cianose, icterícia, edema de face, Taquipnéia, necrose hepática.

* Benzocaina (Andolba)

Anestésico local em forma de spray ou pomada. Estimula o SNC, causa tremores, convulsões e por ultimo parada respiratória.

* Hidrocarbonetos clorados (como lindane, clordane)

Presente em alguns produtos de combate à pulgas e outros parasitas. A reação pode ser imediata ou levar dias para ocorrer. Começa com uma resposta exagerada aos estimulo, tremores, progressão para tremores cada vez mais fortes até um estado convulsivo, febre.

* Hexaclorofeno (agente germicida, encontrado em xampus, desinfetantes e sabonetes, como o Phisiohex)

É rapidamente absorvido através da pele e trato intestinal. Causa em gatos fadiga, fraqueza, incoordenação dos membros posteriores, febre, ausência de urina, paralisia flácida completa.

* Carbaril (Carbamato = usado em remédios contra pulgas como Talco Bulldog)

NUNCA, principalmente como coleira, que expõe o gato constantemente. Causa lesão no SNC e morte por parada respiratória.

Outros produtos, anti-pulgas, carrapatos e sarna, proibidos para gatos:

Sabão Bulldog; Sabão Bulldog Plus; Sabão Bulldog Sarnicida; Sabonete Antipulgas para cães Tratto; Sabonte Parasiticida Asuntol; Sabonete Banzé; Sparay Bulldog Antipulgas e Carrapatos; Spray Tratto; Talco Antipulgas Bolfo; Talco Banzé; Talco Bulldog Contra Pulgas; Talco Tratto.

* Azul de Metileno:

Usado em medicamentos para tratar infecções urinárias (deixa o xixi azul).

* Aspirina (AAS, Melhoral):

Primeiro estimula e depois causa depressão respiratória, ulceração gástrica, diminuição da agregação plaquetária, hipoplasia da medula óssea.

Nos sinais se tem inicialmente: taquipnéia e depois depressão respiratória, febre, anorexia, vômitos, gastrite hemorrágica, lesões renais, hemorragias, urina com sangue por nefrite hemorrágica.

No ser humano, 1 comprimido de aspirina leva de 3 a 4 horas para ser eliminado do organismo, por isso é tomado 1 comprimido a cada 4 horas.

Nos felinos, 1 comprimido de aspirina leva 72 horas para ser eliminado, ou seja, dura 3 dias. Isso faz com que seja extremamente fácil causar uma overdose.

Medicamentos que podem ser usados em alguns gatos com restrições e só com acompanhamento veterinário

* Cloranfenicol

Causa Aplasia de medula óssea, por não conseguir ser metabolizado e eliminado. Sinais: animal fica cinza, abdomen duro, convulsão, fezes brancas.

* Lidocaína

Anestésico local (Xilocaína) Pode causar contração muscular, hipotensão, náuseas e vômitos.

* Anti-inflamatórios não esteróides

Podem causar úlceras.

* Tetraciclina

Pode causar febre, diarréia, depressão

* Morfina

Risco de superdosagem por acúmulo. Causa depressão

do SNC, convulsões. Deve ser usada com cautela. A dose máxima é

de 0,1mg/Kg por via intravenosa. Para uso pós-operatório.

* Fenobarbital, Pentobarbital Sódico e Tiopental Sódico (barbitúricos usados como anestesico)

Causam depressão respiratória e parada cardíaca. Usar com muito cuidado e monitoração. O tempo de duração do efeito é mutio maior que em outras espécies.

* Diazepan, Valium e Dienpax (tranquilizantes Benzodiazepínicos)

Via intravenosa pode dar depressão respiratória. Usar com muita cautela.

* Clorpromazina (Amplictil)

Em altas doses (pré-anestésico comumente usado em cães)- tremores de extremidade e cabeça, letargia, calafrios, rigidez, relaxamento do esfíncter anal. Acúmulo. Só usar em último caso, dar preferência a outro pré-anestésico, como Acepran+sulfato de atropina.







2 comentários:

  1. se eu fosse dona de mim eu pegava muitos animais da rua mais se eu fosse dona do mundo te garanto q naum tinha tantos animais soltos por ai mais eu sim fazia um mundo so pra elles (Thaysa Maira Sassi)

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  2. Lindo trabalho, tudo muito bem explicado.
    Perdi um amiguinho de treze anos de idade ontem. Estava com uma obstrução biliar e o veterinário resolveu operar, meu bichinho não acordou mais. Pesquisando na internet vi que o tratamento é feito por medicamentos e não por cirurgias, as chances do gatinho vir a óbito são altas. Tô muito abalada...

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