Pachá

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O Pachá é o meu gato!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A história do gato doméstico

Miacis num ramo de árvore
   Acredita-se que um pequeno animal que vivia em árvores, há muito extinto, foi o antepassado do gato - o Miacis. Ele também foi provavelmente o ancestral do urso, da doninha, do guaxinim, da raposa e do coiote. Viveu há cerca de 40 milhões de anos, tinha o corpo comprido, um rabo maior do que o corpo e pernas curtas. Tinha provavelmente as unhas retráteis como o gato.




Há 10 milhões de anos atrás surgiu o Dinictis, mais parecido com o gato atual.



Os Felídeos ou felinos, são os mais especializados, mais numerosos e mais importantes dos carnívoros.

A família dos Felídeos, espalhada sobre quase toda a área de distribuição da ordem dos carnívoros, compreende 3 gêneros: Acinonyx (Cheeta), Felis (Puma, Jaguatirica, Gatos domésticos e todos de pequeno ou médio porte) e Leo (Leão, Tigre, Pantera, Onça), com 37 espécies no conjunto.



O gato atual demorou a ser domesticado, se comparado aos cães.

O gato doméstico são primos distantes de outros felinos e guardam características em comum com os grandes felinos selvagens, como o caminhar silenciosa e delicadamente sobre as almofadas plantares, a técnica de caçar e as unhas retráteis, com exceção do Guepardo que tem as unhas e patas apropriadas para a corrida, chegando a alcançar 100Km por hora numa corrida de curta distância.



No Antigo Egito os gatos eram adorados devido a sua associação com a Deusa da Lua, Pasht, de cujo nome acredita-se ser derivada a palavra "puss", que significa "bichano" em inglês.

A Deusa Bast, que representa o sol, também foi identificada com gatos, e é retratada com a cabeça de um gato.

Quando os gatos morriam, eram mumificados e seus donos mostravam seus sentimentos raspando as sombrancelhas em sinal de luto.







Os gatos da raça Abissínio, são semelhantes ao gatos do Antigo Egito.

Estátuas, desenhos e pinturas em tumbas, revelam que os gatos nessa época, eram de pelo curto, corpo esguio e pernas longas. Muitos consideram que este foi o ancestral da maioria das raças de gatos domésticos conhecidas atualmente.



Embora fosse proibida a saída dos gatos do Egito, o povo Fenício, parece ter os levado em suas embarcações comerciais, para a Europa, por volta do ano 900 a.C., chegando à Itália antes da Era Cristã.



Os romanos, quando invadiram e dominaram o Egito, adotaram o culto a Deusa Bast e seus gatos foram também perpetuados em estátuas, murais e mosaicos. Tinham grande apreciação pelos gatos, e os retratavam como símbolo de liberdade.

Com as invasões Romanas, os gatos foram seguindo seus exércitos e se introduzindo em toda a Europa.

Dessa forma os gatos chegaram à Inglaterra, portanto, o gato inglês tem como base o gato egípcio, mas gatos ingleses selvagens também foram domesticados.



Os gatos, durante muito tempo, foram bem aceitos pelo homem como animais domésticos, por sua habilidade em caçar ratos e outras pragas.

No século X, o Príncipe de Gales, Howel, promulgou leis protegendo os gatos, estabelecendo valores de venda e garantias de compra. Além disso, a pena para quem matasse um gato era paga com trigo: o gato morto era segurado pela ponta da cauda e sobre ele era jogado o trigo, até encobrir a ponta da cauda.

No século XI ajudavam as pessoas a se livrarem dos ratos transmissores da Peste Bulbônica.

Na Idade Média, os gatos perderam sua popularidade, por terem sido associados a adoração de maus espíritos. Surgiu um culto a uma deusa pagã - Freya - envolvendo também os gatos. Esse culto foi considerado heresia e esta era punida com torturas e morte. Como os gatos faziam parte do culto, foram acusados de serem demoníacos, principalmente os de cor preta. Isso custou a vida de milhares de gatos, que foram cruelmente perseguidos, capturados e jogados à fogueira, havendo a maior destruição de gatos de toda a história.

Uma pessoa que fosse vista ajudando um gato, principalmente os pretos, estava sujeita a ser denunciada como bruxa e a sofrer tortura e morte.

As pessoas acusadas de bruxaria e seus gatos, eram responsabilizadas por qualquer desgraça natural, como perda de safras, acidentes, doenças, mortes súbitas, etc.

Essa perseguição criou diversas superstições, ainda mantidas até hoje, como: cruzar com gato preto causa azar.



Felizmente essa perseguição terminou e no século XIX o gato foi exaltado nas artes por grandes nomes como, Victor Hugo e Baudelaire.



O índio norte-americano, não parece ter domesticado os felinos selvagens presentes no continente, como o lince, puma e ocelote. A domesticação de felinos só ocorreu quando os imigrantes europeus trouxeram gatos da Europa, para que ajudassem a combater os ratos e camundongos, tanto no campo quanto na cidade.

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